[Olá galera! Eu sou o Rogers, um velho conhecido de vocês. Fazem quase 4 anos que estou aqui no nosso querido LPSA.

Vai ser uma data muito especial, com certeza. Eu sempre vi o blog com muito carinho e paixão. Saber que hoje ele é melhor do que ontem me faz sentir orgulho de ser um colaborador.

Mas o que eu quero dizer com tudo isso? Enfim, depois de quase 4 anos escrevendo contos e histórias de terror, minha mente está bem saturada. Encontrar novas histórias, novos meios de contar, nem sempre funcionam e as vezes causam o efeito contrário. Então resolvi procurar novamente em minhas raízes algum jeito de tentar resgatar o medo em meus contos. E acredito que está na hora de retomar esse projeto...

Gostaria de dar a todos as boas vindas a SEGUNDA CREEPY INTERATIVA DO LPSA!

Ela não está nos moldes da primeira (que você pode conferir clicando (AQUI), em que você escolhia apenas um caminho para a história inteira. Dessa vez o caminho se bifurca em várias partes, mais parecido com um livro-rpg. Bem, é complicado explicar... então, porque não vê por você mesmo?

Boa leitura!]

***

O Escritório

Era segunda-feira. Uma segunda monótona, nublada e chuvosa. O escritório da empresa de bonecas Hardoll's estava abafado e quente, apesar do clima úmido lá fora. Julie trabalhava na frente do seu computador, procurando esquecer seu final de semana péssimo. Ela havia brigado com seu namorado pela última vez. Julie tinha seu charme especial. Óculos grandes e pretos, tal como seus olhos. Seu cabelos escuros e ondulados por vezes caiam sobre eles, e ela tinha a mania de assoprá-los para cima. Julie era a funcionária mais esforçada da firma, mas também a mais nova. Seu emprego consistia no mesmo de todos seus colegas. Receber pedidos, anotá-los, repassá-los... Enfim, nada demais. Mas servia para pagar as contas. 

Quando Julie ouviu o telefone tocar ao lado da sua mesa, esperava que fosse um cliente que resolvera ligar. Mas não era. E quando ela atendeu, o que ela ouviu foi muito diferente. 

As pessoas passavam na frente do gigantesco prédio da Companhia Erguida todos os dias. Cheias de coisas para fazer, cheia de tarefas diárias e metas para cumprir. O escritório da empresa de Julie ficava no 14º andar daquele prédio. Mas as pessoas ocupadas que passavam na frente dele só perceberam o corpo de Julie quando ela já havia caído em cima do carro de alguém que estava trabalhando. 

Uns minutos atrás, você estava lá em cima junto de Julie. Você havia levantado para pegar um pouco de água no bebedouro e parou para admirá-la. Ela era uma pessoa boa, e você a achava muito atraente. Julie certamente tinha defeitos, mas você estava muito atraído por ela para achar algum; Quando ela levantou e virou-se para atender o telefone, você desviou o olhar. Mas logo tornou a olhar para ela, pois você viu algo de errado. Sua expressão havia mudado. Algo havia sumido no rosto de Julie. Então ela se dirigiu para a faixada do prédio e em nenhuma hipótese você imaginaria que aquilo acontecesse. Nem em seu pior pesadelo. 

Ela simplesmente abriu o vidro e se atirou. 

Você não teve reação a princípio. E então você correu para a janela. Você viu o corpo dela sobre o asfalto. Pobre Julie. 

Mas você não sabia o que acontecera. Não sabia o que poderia ter causado aquilo. Tudo parecia um sonho ruim. Você precisava espairecer. Sentia suas pernas tremerem e fraquejarem. Seus colegas se aproximaram e ficaram olhando para baixo do prédio enquanto você se afastava e se apoiava em uma mesa. Você respirou fundo e resolveu que sairia dali. Mas algo fez você olhar para a mesa de Julie. O telefone ainda estava fora do gancho.

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