Imagem Google


Ela esta sentada no meio do quarto. O quarto está escuro e somente um luz que sai da fresta da janela consegue revelar as marcas de lágrimas já secas em seu rosto.

Ela está de cabeça baixa, seus cabelos vermelhos estão escondendo um pouco o seu rosto, ela parece tremer. Sua blusa está suja com algo escuro. Não conseguimos ver.

Ela parece tremer.

A sua frente está uma câmera, ela registra cada centímetro de movimento.

Ela começa a respirar muito rápido quase que com urgência em oxigênio, ela levanta levemente o rosto e podemos ver que ela realmente chorou e ao redor de seu olho enxergamos tons de roxo e vermelho.

Ela levanta mais a cabeça e conseguimos ver uma protuberância em seu pescoço. Ela chora e fala algo que foi inaudível a nós.

Ela se levanta, podemos ver agora suas roupas simples com algo que não conseguimos identificar mas sabemos que é liquido. Ela sai de nossas vistas. Segundos passam. Ela volta e se senta novamente.

Ela agora encara fixamente a nós. Ela sabe que a estamos observando. Ela sabe que não esqueceremos esse momento.

Ela segura algo. Uma tesoura.

Levemente ela levanta o pescoço e começa a cortar a própria garganta com uma facilidade assustadora, ela sabe que achamos isso assustador e continua.
Sangue começa a escorrer da sua ferida recém aberta. Isso foi um sorriso?

Lentamente ela começa a cair. Minutos se passam.
Nós não a vemos mais, a câmera para.

Estática.



Escrito por: Camila Cruz
De: Ler Pode Ser Assustador

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